Não há problema na densidade
- Bruno Goularte
- 21 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Algumas pessoas que passam pela Sessão do Caminho costumam me mandar mensagens no dia seguinte.
“Estou me sentindo mais leve”, ou “mais aberto para a vida”, “sinto que todo o peso ficou para trás” etc.
Uma parte interna em mim sempre esboça um pequeno sorriso quando leio os relatos.
Não é um sorriso de contentamento com meu próprio trabalho.
É porque eu sei que isso vai passar. Eu aviso em alguns casos.
Vai passar.
O importante não é a leveza.
O importante é que agora você tá um pouco mais forte pra não dar poder pra quem dentro de você se abate com o que não é leve.
Essa primeira leveza, ela tem seu valor, sim. É o resultado de desobstrução de canais ou retirada de cargas que a pessoa não precisava estar carregando.
Mas ela é só isso.
A real Sessão de Alinhamento começa depois.
Porque coisas mais profundas vão começar a sair. Coisas que vão impedir, talvez, que esse mesmo tipo de frequência que estava obstruindo ou pesando antes não se aproxime mais.
Além disso, assim como alguns caminhos se abrem por conta da leveza e do ânimo e da força de espontaneidade que uma sessão pode trazer, coisas que vibram na mesma frequência dessas densidades internas profundas também podem começar a acontecer na nossa vida.
É como se tivéssemos liberado a cobrança do mundo. Sim, o mundo cobrando de volta tudo aquilo que é dele e nosso corpo acabou agarrando por apego, vitimismo, insegurança, raiva, herança etc.
É um processo, para não dizer dolorido, pelo menos, ondulante.
Com certeza, ondulante. Circular como a vida.
Tem gente que vai sentir essas emoções saindo do corpo. Vai entrar em contato com elas. Elas não são o que se pode chamar de leveza.
A vida é assim. Vocês acham que é apenas leveza e sutileza e luz que faz com que um fígado seja criado, um intestino grosso tome forma, enfim, um corpo seja moldado para viver nesse mundo?
Não há problema nenhum na densidade.
Na energia pesada minha ou dos outros.
Quem se incomoda com isso, quem briga com isso, ainda tá no jardim de infância não apenas daquilo que chamam “espiritualidade”, mas da vida.
As sessões são ferramentas de auxílio para que a gente mesmo se alinhe. Caminhe nosso próprio caminho.
Portanto, quem vai definir se a sessão foi apenas um banho no corpo energético ou uma aliada na nossa própria autotransformação são as próprias pessoas e o que elas podem fazer no momento em que vivem.
Está tudo bem como for.
A gente não tem tanto controle quanto acha que tem.
Mas, dentro de nós, se a gente procurar, sempre há a semente plantada.
A semente que canta a música divina.
A semente que cria tudo isso que vemos.
Buscar a semente é transformação.
Contem com a ajuda das sessões para ajudar a desobstruir os caminhos dessa autotransformação.
Mas mais do que isso.
Se algo incomoda.
Se a vida incomoda.
O mundo.
A falta de um propósito.
Um vazio.
O tédio.
A ansiedade.
As buscas que não dão em nada.
Vejam se não é a hora de se transformar.
Podemos usar essa força de incômodo para nos transformar.
Ela pode ser a gasolina da busca.
Até mesmo a apatia por esse mundo. Use como força.
Só nos resta buscar.
Buscar essa semente.
Buscar ouvir as notas que ela entoa.
Se banhar nas ondas que emergem dela.
Quanto mais buscamos mais percebemos que é ela que nos busca. Que nada precisa ser buscado.
A gente é a semente.
Uma hora ou outra ela vai recolher de volta todo esse vazio, essa busca externa que traz sofrimento e incerteza, essa inverdade ilusionista que faz a gente investir na transformação, essa coisa que a gente chama de "eu" mas não é.
*Esses textos não correspondem a nenhuma opinião do site em si, são apenas conjecturas particulares baseadas em percepções sobre as Sessões do Caminho e o que absorvo no meu dia a dia, sem visar nenhum ponto final
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